O Corpo de Bombeiros tenta controlar incêndio florestal de grandes proporções que já atingiu 30 quilômetros de vegetação na zona rural de Canindé, no Sertão Central, e que já dura 10 dias.
O difícil acesso ao local, que é uma área de proteção do Ibama, dificulta a localização dos focos. Confira na reportagem de Iury Costa.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros da região, tenente coronel Sousa Júnior, a maior parte do fogo já foi controlada, mas existem ainda diversos focos difíceis de localizar por causa do acesso perigoso, até para os próprios agentes.
“Tem focos em vários locais do município. A área que já pegou fogo tem mais ou menos 30 quilômetros. E é de difícil acesso, tem onça, cobra, é um terreno íngreme, fechado”, explicou o bombeiro.
As causas do incêndio ainda vão ser investigadas, mas o tenente coronel trabalha com a hipótese de que o fogo tenha começado após uma pessoa fazer fumaça para espantar abelhas e colher mel. “No local onde começou o incêndio, uma pessoa foi capturar abelha para tirar o mel, aí fez fumaça para sair e não apagou o fogo, deixou. Como está seco, se espalhou rapidamente”, disse.
Foram atingidas pelo fogo as reservas do assentamento Jucurutu, além das comunidades de Bom Jesus e Targinos, a cerca de 20 km do centro de Canindé. Como o local do incêndio é na zona rural, não existe risco para a população. Apenas para a flora, que está se consumindo, e para os animais, já que o local, por ser uma área de proteção do Ibama, recebe bichos oriundos de apreensões.
A produção da Jangadeiro FM entrou em contato com o Ibama, que informou ainda não ter sido notificado sobre o incêndio, nem pelo Corpo de Bombeiros, nem pelos moradores dos assentamentos da região. O órgão prometeu, no entanto, acompanhar o caso para avaliar se o incêndio realmente atingiu áreas de preservação para acionar a brigada.
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FONTE: Tribuna do Ceará