Diferentes cidades da Europa sofrem com fortes ondas de calor nos últimos meses. De 26 de julho até 14 de agosto, morreram 950 pessoas em Portugal devido às altas temperaturas na região. Segundo matéria do canal português público de TV e rádio RTP, a taxa de mortalidade poderá aumentar se as temperaturas não baixarem.
O país viveu uma onda de calor de 16 dias, entre 3 e 18 de agosto, considerada “a maior e mais longa” desde 1975, ano a partir do qual há registos comparáveis, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
Considerando análises preliminares das temperaturas registradas em 12 cidades europeias, divulgadas em junho, o calor causou 2,3 mil mortes.
Com as temperaturas disparando por toda a Europa entre 23 de junho e 2 de julho, Milão foi a cidade com mais óbitos: foram 317 devido à onda de calor. Na sequência estão Paris, Barcelona e Londres. Em Lisboa, 21 pessoas morreram no período.
Calor pelo mundo no fim do primeiro semestre
Segundo as conclusões do serviço de observação da Terra da União Europeia, o Copernicus, junho também registrou um grande aumento nas perigosas “noites tropicais”, em que as temperaturas noturnas ficaram acima de 20 °C.
Conforme os cálculos da agência France-Presse, com base nos dados do Copernicus, 12 países e cerca de 790 milhões de pessoas em todo o mundo viveram o junho mais quente de que se tem notícias. Foi o caso do Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Paquistão e Tajiquistão.
A climatologista do Copernicus Samantha Burgess alertou, em comunicado de imprensa, que “as ondas de calor vão ser mais frequentes, mais intensas e vão atingir cada vez mais pessoas na Europa”.