Uma bebê de um ano e 11 meses foi salva por uma policial militar do Ceará, nessa quarta-feira (19), após ficar cerca de duas horas esquecida dentro de um carro, no bairro Conjunto Ceará, em Fortaleza.
“As pessoas estavam ao redor, gravando e dizendo ‘morreu, não tem jeito’. Quando me aproximei, vi que tinha uma criança molhada de suor. Nem pensei, só peguei o martelo que apareceu lá, quebrei o vidro, destravei e tirei a menina”, relatou ao Diário do Nordeste, nesta quinta-feira (20).
Andrezza narra que chegou a “chacoalhar” a criança, que estava “desfalecida” e só “tornou” quando a soldado jogou “um copo de água com gelo na cabeça dela”. “Dei um pouco de água a ela, mas foi pior, ela vomitou tudo, porque estava muito desidratada”, narra.
Rapidamente, a policial acionou uma viatura da região para apoiá-la no transporte da bebê até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) próxima ao local. Ao chegar, a menina foi atendida de imediato e teve a saúde restabelecida pelos cuidados médicos.
“Depois de tudo isso, a mãe dela apareceu bem desesperada, apavorada. Ela disse que a criança estava com o padrasto, que ele tinha a missão de deixar ela na creche e ir trabalhar, e não fez. Ele foi trabalhar e esqueceu ela dentro do carro”, afirma Andrezza.
De acordo com a PM, a mãe da bebê confirmou a estimativa da população de que ela passou cerca de duas horas dentro do veículo. A responsável foi conduzida à Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dececa), onde foi instaurada uma medida protetiva entre o padrasto e a menina.
Andrezza pontua, ainda, que o homem possuía um mandado em aberto “por outra situação”.
Como está a bebê
Após a ocorrência, a menina de 1 ano e 11 meses está bem, como informa a policial. Ela mantém contato com a mãe da criança (que não quer ser identificada) e chegou a receber fotos dela, na manhã desta quinta-feira (20).
Em nota, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) confirmou que uma equipe do 17º Batalhão prestou apoio a Andrezza na ocorrência, e que, até o momento, o padrasto da bebê “não se apresentou à autoridade policial”. A investigação do crime de abandono de incapaz está a cargo da Dececa.





