Israel anunciou, nessa quinta-feira (17), que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, marca “o começo do fim” da guerra na região. Segundo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o óbito, resultado de uma operação realizada na Faixa de Gaza, representaria um “duro golpe” contra o movimento islamita palestino.
“Yahya Sinwar foi morto em Rafah pelos bravos soldados das Forças de Defesa de Israel”, declarou o político em vídeo divulgado por seu gabinete, acrescentando que, “embora não seja o fim da guerra na Faixa de Gaza, é o começo do fim”.
O Hamas não confirmou a morte do líder, mas a representação do Irã na ONU publicou nas redes sociais, nessa quinta, que “o espírito de resistência se fortalecerá. Ele será um modelo para jovens e crianças, que levarão adiante seu legado pela libertação da Palestina. Enquanto a ocupação e agressão existirem, a resistência vai persistir, pois o mártir continua vivo e uma fonte de inspiração.”
Durante a noite, a polícia informou que o corpo de Sinwar havia chegado a um necrotério de Tel Aviv para “exames complementares”.
“Hoje o mal sofreu um duro golpe”, mas a guerra em Gaza “ainda não terminou”, afirmou Netanyahu, que prometeu que os sequestradores dos reféns mantidos em Gaza há mais de um ano salvarão suas vidas se os liberarem.
Com 61 anos e chefe desde 2017 do movimento islamista palestino em Gaza, foi nomeado chefe político do Hamas no início de agosto, após a morte de Ismail Haniyeh, assassinado em 31 de julho, em Teerã, em um atentado atribuído a Israel.
A morte de Sinwar ocorre em um contexto explosivo no Oriente Médio, onde Israel tem várias frentes de confronto abertas. A intensificação dos combates com o Hezbollah, aliado do Hamas, somou-se ao conflito na Faixa de Gaza.
O Hezbollah anunciou na noite de quinta-feira que “entra em uma nova etapa, uma fase de escalada do confronto com o inimigo israelense”, e que usa pela primeira vez mísseis guiados de precisão.
O Exército israelense bombardeou nesta quinta-feira a cidade libanesa costeira de Tiro, conforme imagens da AFPTV, após Israel ter emitido um chamado para a área ser evacuada. Israel também bombardeou a cidade síria de Latakia, em um ataque que, segundo afirmou, buscava destruir uma instalação do Hezbollah.
A nação indicou que perdeu cinco soldados em “combates” no Líbano, somando um total de 19 baixas desde o início da ofensiva.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, realizaram vários ataques com bombardeiros B-2 contra instalações subterrâneas no Iêmen, controladas pelos rebeldes huthis para armazenar armamento.