O economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, morreu nesta quarta-feira (21), aos 84 anos, em São Paulo. Ele havia sido internado para uma cirurgia no último sábado (17), passou o fim de semana na UTI, mas não resistiu.
Graduado e com doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Pastore era um dos economistas mais renomados do País. Entrou para a vida pública em 1966, como assessor de Antônio Delfim Neto, então secretário da Fazenda do Estado de São Paulo. No ano seguinte, com Delfim nomeado ministro da Fazenda, Pastore passou a integrar a equipe de assessores.
Entre 1983 e 1985, foi presidente do Banco Central, no governo do ex-presidente João Figueiredo, último período da ditadura militar. O economista teve participação ativa nas negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a dívida externa brasileira.
Filho de Francisco Pastore e de Aparecida Pastore, Affonso Celso Pastore nasceu em 19 de junho de 1939 na capital paulista. Após sua passagem pela vida pública, fundou em 1993 a consultoria A. C. Pastore & Associados, especializada em análises da economia brasileira e internacional, escritório no qual também trabalha sua esposa, Maria Cristina Pinotti.