Covid-19: só 18% do público do CE tomou vacina bivalente em meio a chegada de nova subvariante


Após nove meses de aplicação, o Ceará contabiliza apenas 18,5% da população com a dose bivalente contra a Covid-19, de acordo com monitoramento da Rede Nacional de Dados de Saúde (RNDS), do Ministério da Saúde. O baixo percentual gera preocupação diante do aumento da circulação de uma nova variante no Estado, confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa).
Ao todo, foram aplicadas 1,42 milhão de doses da bivalente, mas a meta da população geral chega a 7,68 milhões de pessoas. O reforço bivalente é indicado para todos aqueles com 18 anos de idade ou mais que tenham completado ao menos o esquema primário (D1 e D2), obedecendo ao intervalo mínimo de quatro meses da última dose recebida.

O número é bem inferior ao percentual de 68% alcançado pela 4ª dose (segunda dose de reforço), de acordo com o secretário executivo de Vigilância em Saúde da Sesa, Antonio Lima Silva Neto (Tanta). Em entrevista ao Diário do Nordeste, ele reforçou que a bivalente é a principal forma de prevenção contra casos graves.

Ela é uma vacina nova, que incorporou sublinhagens da Ômicron e tende a ser mais efetiva. Diante de um caso como esse, com uma subvariante que escapa aos seus anticorpos, logo as células de memória atuam e você bloqueia a infecção. Por isso você não evolui com gravidade, e não só porque a variante é, em tese, menos virulenta.
ANTONIO LIMA
Epidemiologista
Recentemente, a rede de vigilância estadual identificou, pela primeira vez, a subvariante JG.3, descendente da EG.5 (Eris). Ela já circulava há mais de um mês em estados como São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro.

Nesse intervalo, o Ceará vivenciou um leve aumento de casos. Entre os dias 22 de outubro e 4 de novembro, foram 116 ocorrências; nas duas semanas seguintes, foram contabilizados 226 casos da doença – 110 a mais. Não houve óbitos.

Tanta garante que esse aumento veio com “certo retardo em relação” aos demais Estados, onde os casos já estão em declínio. Segundo ele, as ocorrências têm sido leves.

“Estamos monitorando as unidades hospitalares. Temos alguns pacientes positivos, mas estão internados por outros motivos ou têm outras síndromes gripais associadas. As principais recomendações, além do uso de máscara em ambientes hospitalares e das populações vulneráveis, são a testagem e a cobertura vacinal”, sugere.

TESTES PARA DIAGNOSTICAR A COVID-19
O epidemiologista reconhece que “hoje o momento é outro”, e a maioria dos casos é diagnosticada por testes rápidos realizados em unidades básicas, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em casa (com autotestes) ou nas farmácias. Com a baixa transmissão, os testes moleculares RT-PCR, chamados de “padrão ouro”, se tornaram menos comuns.

“O teste rápido de antígeno é muito bom, tem uma sensibilidade muito alta, é mais barato e pode ser encontrado em todas as unidades básicas ou planos de saúde. Você deve buscar uma unidade porque é interessante que já receba atenção à saúde, as indicações, e pode eventualmente receber atestado médico de afastamento do trabalho”

 

 

ASA BRANCA NEWS | DN


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