Cinco em cada dez brasileiros chegam ao fim do mês sem salário na conta


Quando o salário cai na conta, o passo seguinte é pagar contas e dívidas. Com o que sobra disso o trabalhador tem a missão de viver até o fim do mês, mas nem todos conseguem ter dinheiro até lá.

Na edição do ano passado, esse percentual era ainda maior: 62% dos trabalhadores CLT ou PJ não chegavam ao fim do mês com salário na conta.

O contador Anderson Albuquerque enfatiza que o custo de vida elevado e o uso do cartão de crédito sem uma educação financeira contribuem para esse tipo de cenário.

“As pessoas confundem muitas vezes como é que se utiliza o cartão de crédito. Ele é um item que vai te proporcionar comprar muitas veze sum produto de valor elevado, acima do seu salário, mas não dá para esquecer que a parcela dele não pode ultrapassar o que você recebe”, afirma Anderson.

“Muitas vezes as pessoas compram um bem de valor alto e antes mesmo de acabar de pagar, já compram outro. E aí perdem o controle. Também acontece de comprar várias coisas de pequenos valores que, quando junta, faz um estrago na conta depois. Não se pode subestimar os pequenos gastos”, reforça o contador.

Endividamento

Ainda de acordo com a pesquisa, o endividamento aumenta o estresse para 66% dos entrevistados. Outros 43% sentem irritabilidade e 39% têm insônia.

Além disso, dos trabalhadores que não conseguem chegar ao fim do mês com salário na conta, 49% revelaram que usam fontes de renda extra para não ficar no vermelho. A maior parte recorre ao cartão, cheque-especial e empréstimo ou usa renda familiar. Há ainda os que trabalham como freelancer para fazer as contas do mês fecharem.

Há ainda 5% dos entrevistados que chegam ao fim do mês sem salário e não possuem alternativas para sobreviver até o próximo salário cair na conta.

Para os que sofrem com as dívidas, Anderson avalia que pode ser interessante trocar várias dívidas, se for o caso, por uma dívida só, unificando os débitos talvez em um empréstimo, se for vantajoso. “Unificar essas dívidas em uma só para que a pessoa não fique sem controle do que ela está devendo. Então, muitas vezes essa é a opção”.

 

 

Via Diário do Nordeste

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