Um novo dispositivo promete ser revolucionário para o monitoramento do câncer de mama, discreto, o objeto cabe dentro de um sutiã.
Os pesquisadores do Centro de Inovação em Tecnologias Médicas (MTIF) da Nottingham Trent University, no Reino Unido, foram os responsáveis pela novidade. Integrado ao sutiã, o dispositivo usa correntes elétricas para indicar se há crescimento do tumor.
O dispositivo pode ser integrado em um sutiã confortável ou em um novo design de sutiã ainda não pensado pela equipe. Além disso, o dispositivo coleta dados e transmite para o smartphone do usuário. Isso simplifica e agiliza o compartilhamento desses dados com a equipe médica.
Hoje, o monitoramento do câncer de mama é feito por meio de exames no hospital.
Com o novo dispositivo, isso pode mudar.
Segundo os pesquisadores, os pacientes terão um método conveniente de detecção do crescimento de tumores “no conforto de suas próprias casas”.
Como funciona
A eficácia do dispositivo está na distinção entre tecido saudável e canceroso.
Como os tumores são mais densos que os tecidos saudáveis e têm menor quantidade de água, o dispositivo consegue medir a alteração em tempo real.
A tecnologia fica acoplada no sutiã e usa correntes elétricas para detectar mudanças mínimas nos fluidos do tecido ao redor e dentro das células da mama.
Com isso, é possível indicar se há, ou não, crescimento do tumor.
Importância do monitoramento
Ainda que a equipe disse ser necessário ensaios clínicos, o processo está avançado.
“A tecnologia mediria as mudanças no tecido mamário e ajudaria a melhorar as chances de sobrevivência do paciente”, explicou Dr. Yang Wei, especialista em têxteis eletrônicos e engenharia da NTU.
Yang explica ainda que o câncer de mama cresce rapidamente, e ter o controle e monitoramento da doença é fundamental para aumentar as chances de vida do paciente.
Além disso, o sistema fornece diretamente ao celular do paciente os dados em tempo real.
Segundo o grupo de pesquisadores, isso é importante porque facilita a troca de dados entre o doente e a equipe médica.
Através de uma maior monitorização e avaliação, o grupo espera proporcionar uma maior tranquilidade aos pacientes.
Pequeno e discreto, o dispositivo é acoplado no sutiã do paciente. Foto: Pexels.
Com informações de Nottingham Trent University.
