É óbvio que fica a frustração. Afinal, o acesso esteve nas mãos do Floresta depois da vitória sobre o São Bernardo. Nas duas rodadas finais, a vaga seria garantida com uma vitória ou mesmo dois empates. Não deu. Ficou no quase. É difícil digerir tamanha decepção. Mas esta reta final não apaga a campanha do Floresta na Série C do Campeonato Brasileiro.
É da cultura do brasileiro valorizar apenas o que ganha. Só destacar o vencedor. No futebol, então, nem se fala. Porém, neste caso, devemos ter um olhar mais atencioso ao que fez o Lobo da Vila Manoel Sátiro.
Estamos falando de um time que, apesar de ter sido fundado em 9 de novembro de 1954, tem exatos 10 anos como profissional – antes realizando apenas disputas amadoras. Uma instituição que em apenas uma década de profissionalização, já se coloca na briga para ficar entre os 40 principais times do Brasil.
Uma equipe modesta e que, mesmo na Série C, não figura entre os principais orçamentos. Um clube visto como o “patinho feio” no quadrangular final. Que nunca foi colocado como postulante ao acesso. Mas que dentro das suas limitações, fez um trabalho correto de honrar os compromissos, pagar em dia, oferecer estrutura e condições para, na base do trabalho e empenho, quase conquistar o objetivo.
São os caprichos do futebol. Os centímetros que fazem a diferença. E que, desta vez, ficaram contra o representante cearense.
Que este sentimento de “quase” possa servir como combustível para que o projeto siga. Para que o trabalho permaneça sendo feito desta maneira. É possível acreditar que, seguindo assim, em breve, o desfecho será diferente.