O alpinista brasileiro Rodrigo Raineri, de 55 anos, morreu após sofrer um acidente de parapente, na região Norte do Paquistão. A polícia local detalhou, nesta sexta-feira (5) à AFP, que o paraquedas dele rompeu durante voo.
A vítima integrava um grupo de sete pessoas que seguiam para o acampamento base do K2, considerada a segunda maior montanha do mundo. Ele foi o único que decidiu praticar parapente.
A autoridade detalhou que o corpo de Raineri foi recuperado e será repatriado ao Brasil, após contato com a família.
Além de Raineri, a equipe também incluía duas pessoas da França, duas dos Estados Unidos, uma da Bulgária e uma da Suíça.
O Paquistão intensificou a promoção do turismo na região, para tentar estimular a economia. No ano passado, mais de 8.900 estrangeiros visitaram a região remota de Gilgit-Baltistan, onde está localizada a maioria dos picos, segundo os números do governo.
SAUDADES DA FAMÍLIA
Em uma das últimas postagens feitas por ele nas redes sociais, Raineri mostrou a vista de um voo realizado por ele na região paquistanesa. Na legenda, disse estar com saudades da esposa e do filho, para quem dedicou o voo. “Um abraço do tamanho do K2, para onde iniciamos a jornada hoje!”, escreveu na segunda-feira (1º).
Nas redes sociais, ele compartilhava registros das diversas viagens e voos que realizava. Segundo o site que mantinha, o alpinista era um dos mais experientes e técnicos do Brasil. Ao todo, teria escalado o Monte Everest — maior montanha do mundo — seis vezes. Ele também é autor dos livros “No Teto do Mundo” e “Imagens do Teto do Mundo”.
Engenheiro de Computação formado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ele realizava diversas palestras sobre alpinismo e tinha “vasta experiência em rocha, gelo e alta montanha”.
Via DN