A defesa é um dos trunfos do Fortaleza na Série A. Apesar do esquema tático com quatro atacantes mantido no maior período da competição (4-2-4), a equipe é a 2ª menos vazada na elite nacional com 21 gols sofridos em 24 partidas: atrás apenas de Grêmio e São Paulo, ambos com 20 em 23 jogos. A herança foi seguida no trabalho de Marcelo Chamusca, com acréscimo do desafio de superar as várias baixas no setor diante da pandemia de Covid-19 e do calendário apertado.
Nas cinco partidas disputadas sob comando do treinador, por exemplo, o time recebeu cinco tentos. A média é próxima do retrospecto geral, com 0,875. Ao todo, em nove exibições, o setor deixou o gramado intacto. O saldo envolve cinco empates (Botafogo, Atlético-GO, Coritiba, Vasco e Corinthians) e quatro vitórias (Bragantino, Sport, Internacional e Palmeiras).
“É uma marca importante para a gente, não só para o setor defensivo, mas o time todo, o elenco. A gente fala na melhor defesa, mas começa no ataque, com o pessoal da linha da frente, Wellington Paulista, Bergson, Osvaldo, Romarinho e David. A expectativa é que a gente continue nesse mesmo ritmo. Que a gente possa alcançar os nossos objetivos neste ano”, explicou o zagueiro Jackson.
Desde a chegada ao Pici, o comandante sempre teve desfalques na montagem do plantel. Do rodízio presente com Rogério Ceni, a nova comissão técnica precisou escolher um quarteto fixo – ainda com um recém-chegado. A linha foi definida com Felipe Alves, Tinga, Jackson, Wanderson e Bruno Melo.
As escolhas ocorreram pelas ausências de Roger Carvalho e Paulão dentre os defensores, logo a dupla titular. O primeiro sequer atuou com Chamusca, em recuperação de contusão no adutor direito. Já o segundo, capitão tricolor, testou positivo para Covid-19. A doença também foi motivo de afastamento do lateral direito Gabriel Dias.
No processo, quem está fora por maior intervalo é o colombiano Quintero. A última partida foi em 9 de novembro, em triunfo frente ao Internacional. O atleta teve lesão parcial do tendão do adutor direito e realiza tratamento com fisioterapia desde então.
Sistema tático
As dificuldades representam oscilação técnica, mas não interferem no conceito aplicado ao setor. Os méritos estão em seguir firme no campo defensivo, inclusive com ajustes da comissão técnica.
“A gente estava pecando um pouco era na nossa posse e perda, e isso nos últimos jogos melhorou. Chamusca vem batendo nessa tecla porque é importante. A gente rouba bola na parte defensiva e, na parte ofensiva, temos melhorado. Importante para sequência”, afirmou Jackson.
A orientação ampliou a quantidade de desarmes do time, em 12 por partida com Chamusca. Sem a posse de bola, o Fortaleza se organiza no 4-4-2 e agora busca pressão desde os atacantes. No esquema, os volantes também possuem liberdade para subir e dificultar a saída adversária. A tendência é de evolução do conceito na sequência.
Sistema Asa Branca de Comunicação
Colaborador: DN