Vinte doses de vacina contra Covid-19 são furtadas em Canindé


A Polícia Civil do Ceará investiga o furto de doses da CoronaVac no município de Canindé, no Sertão Central. Ao todo, 20 doses foram furtadas (dois fracos com 10 doses cada). O imunizante foi levado do Centro de Saúde Chico Campos (CSCC).

Três funcionárias da unidade eram responsáveis pelas chaves da sala de vacinação. Contudo, após uma pane de energia no local, dois dias antes da ação criminosa, as chaves começaram a ser deixadas em um suporte na recepção, onde todos os trabalhadores da unidade têm acesso.

“Elas deixaram a chave no chaveiro para que se tivesse alguma pane, a primeira que pudesse se deslocar mais rápido pudesse levar um técnico para que desse um jeito e o congelador voltasse a funcionar ou transferir essas vacinas em tempo hábil”, disse o delegado Daniel Aragão Mota, titular da Delegacia Regional de Canindé, em declaração ao Diário do Nordeste. Até esta terça-feira, 16, 14 pessoas prestaram depoimento.

As chaves tinham uma “cadeia de custódia” entre as três funcionárias também para “evitar que pessoas não autorizadas se vacinassem ou furtassem as vacinas”. A estratégia, porém, não impediu o crime.

“A recepção é um local onde todo mundo tem acesso. O chaveiro fica perto da porta. Dentro da recepção, é onde tem a água, o café, as chaves do banheiro… então, todo funcionário que trabalha lá tem acesso ao chaveiro”, conta o delegado.

O furto ocorreu no dia 22 de fevereiro, após o fechamento da unidade. A prefeita Rozário Ximenes disse que procurou a secretária municipal de Saúde assim que soube do ocorrido, para que a titular da pasta tomasse conhecimento, e também procurou a Delegacia.

“Estamos preocupados e entregamos nas mãos da Polícia para investigar o caso”, destacou a prefeita.

De acordo com o delegado, a fechadura da sala já passou por perícia para descartar “qualquer tipo de arrombamento” e focar “apenas em quem estava com a chave”. Imagens de casas vizinhas também foram recolhidas, mas a baixa qualidade e o posicionamento das lentes que “não conseguem ver quem entra e quem sai”, não trouxeram ganhos à investigação.

O crime está enquadrado no artigo 312 do Código Penal Brasileiro (CPB) como peculato, ou seja, quando um funcionário público toma posse ou desvia dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel em proveito próprio ou alheio. A legislação prevê reclusão de dois a doze anos, e multa.

 

 

 

Sistema Asa Branca de Comunicação via Repórter Ceará (Foto: Reprodução/Google Maps)


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