Enquanto soldados ucranianos corriam pelas ruínas da cidade destruída sob o olhar espião de drones russos, a luz da lua lançava sombras assustadoras daquilo que sobrara dos prédios destruídos.
Carros queimados cobriam a estrada ao lado de crateras abertas pelos ataques de artilharia na cidade de Toretsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, que neste momento está na linha de frente da guerra com a Rússia.
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A noite quente de julho tinha odor de violência – fumaça e poeira de prédios arruinados se misturavam ao cheiro sulfuroso de explosivos. Os únicos sinais de vida eram os soldados da 32ª Brigada Mecanizada, que tentavam, contra todas as probabilidades, manter suas posições dentro de uma farmácia abandonada sob o bombardeio russo.
A Brigada permitiu que este repórter e um fotógrafo do “The New York Times” os acompanhassem para ver de perto a destruição de Toretsk e os desafios que as forças ucranianas enfrentam enquanto lutam para manter o controle da cidade. As únicas restrições: que não fornecêssemos informações sobre locais específicos ou outros detalhes operacionais que pudessem comprometer a segurança. “A tarefa mais importante para os ucranianos é sobreviver. Para os russos, é acabar com esta cidade”, disse o major Artem Osadchiy, de 28 anos, comandante de um batalhão de drones da 32ª.
Via Diário do Nordeste