A vitória maiúscula do Ceará diante do Flamengo no Maracanã, por 2 a 0, no último domingo, pela 29ª rodada da Série A do Brasileiro não foi obra de um jogador só, e sim, de todo um coletivo que funcionou perfeitamente. Mas entre os vários destaques do Ceará na partida está o goleiro Richard.
Seguro, o arqueiro de 29 anos foi determinante para evitar gols do Fla, com duas defesas difíceis, em tentativas de Arrascaeta e Pedro, especialmente a última, uma bela defesa para espalmar a bola que tinha endereço certo.
O jogo diante do Flamengo foi apenas o 7º de Richard nesta Série A. Ele ganhou a posição do experiente Fernando Prass na partida do dia 25 de novembro, na Arena Castelão, contra o São Paulo. A decisão, que pareceu surpreendente, mostrou-se um acerto pela segurança que Richard mostrou a partir dali. O jogo acabou em 1 a 1.
A mudança ocorreu após Fernando Prass cometer algumas falhas, como o pênalti diante do Atlético/MG, no Castelão, no empate em 2 a 2, dias antes do jogo diante do Tricolor Paulista. Prass, que era recordista de jogos pelo Vovô no ano, não vivia uma boa fase e deu lugar a Richard, que jogaria após 556 dias de espera até atuar. Ele se lesionou ainda em 2019, na 5ª rodada da Série A, ao sofrer ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito.
Retorno
Após lesão, passou por tratamento até o fim da última temporada e ganhou ritmo em um jogo do Brasileiro de Aspirantes, no dia 18 de outubro até a chance na Série A.
A partir dali, Richard foi bem, com quatro vitórias (Vasco, Bahia, Fortaleza e Flamengo) e duas derrotas (Atlético/GO e Inter). Entre estes jogos, Richard contraiu Covid-19, mas a confiança da comissão técnica foi tanta, que mesmo com a boa atuação de Fernando Prass contra o Santos, Richard seguiu no gol alvinegro.
“Foi o momento mais difícil da minha carreira, sem dúvidas. Momento em que minha família me ajudou muito a passar por esse processo. Estou muito feliz e muito grato por estar em um clube que me deu a oportunidade de me recuperar bem dessa lesão tão chata. Como frisei aqui, estou muito feliz por voltar a jogar, sentir aquele frio na barriga e ajudar meus companheiros”, disse o goleiro.
Com Richard, a média de gols sofridos caiu. Foram seis gols em sete jogos, média de 0,86. A média com Prass na Série A era de 1,5 após 22 jogos e 33 gols sofridos.