Mulher vai a júri popular por matar a tiros esposo policial militar em Fortaleza


A Justiça do Ceará decidiu levar a júri popular Renata Íris de Souza Araújo Pinheiro, acusada de assassinar o próprio esposo, um policial militar. A mulher foi pronunciada na 2ª Vara do Júri de Fortaleza, no fim do último mês de agosto. Ou seja, ela deve sentar no banco dos réus e ser julgada por populares. Ainda não há data definida para o julgamento.

Na versão da denunciada, o disparo contra o PM Wagner Sandys Pinheiro de Lima foi acidental e aconteceu durante uma discussão do casal. Renata diz que já vinha sendo ameaçada pelo esposo e na noite do dia 23 de dezembro de 2024 o esposo chegou em casa, sentou em uma poltrona na posse da arma e ficou ameaçando que ia matá-la.

A acusada teria dito a um policial que atendeu a ocorrência que em um descuido do esposo conseguiu pegar a arma que estava na perna dele, se afastou e quando o agente tentou tomar a arma dela ela teria “disparado contra o mesmo duas vezes nas costas”. A defesa de Renata Íris não foi localizada pela reportagem.

A juíza da 2ª Vara do Júri considerou que a materialidade do delito está “devidamente comprovada e, após a regular instrução probatória, constatou-se a existência de indícios suficientes de que a acusada Renata Iris de Souza Araújo Pinheiro concorreu para o crime previsto no art. 121, § 2º, incisos II e VIII, capaz de justificar a determinação de julgamento em plenário do Júri”.

 

PRESA EM FLAGRANTE

Renata Íris foi presa em flagrante. Segundo um policial que atendeu a ocorrência, ele se deparou com a mulher e uma criança chorando muito falando “que o pai dela estava morto e pedindo pra gente ajudar” (sic).

Consta em documentos obtidos pela reportagem que a família da vítima tinha conhecimento que o casal discutia com frequência. No dia do crime, Wagner Sandys ainda teria chegado a enviar mensagens para a irmã dele dizendo que terminaria o relacionamento.

A prisão em flagrante da suspeita foi convertida em prisão preventiva e a mulher formalmente denunciada por homicídio qualificado (por motivo fútil e uso de arma de fogo restrita), em janeiro deste ano.

De acordo com a acusação, os familiares da vítima foram unânimes em declarar que acusada era bastante ciumenta e que por vezes já teria agredido fisicamente seu companheiro, e que ninguém presenciou o evento criminoso”.

“No dia do fato, minutos antes do crime, o vitimado havia anunciado para sua irmã, por meio de conversa no aplicativo WhatsApp, que estava se separando da esposa porque o amor havia acabado, mas a acusada não aceitava o fim do relacionamento”
MPCE

 

Em fevereiro ela foi citada e a audiência de instrução foi realizada em ato único, no último dia 7 de julho.

 

Via Diario do Nordeste


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