O barbeiro Jonathas Eduardo de Brito, de 24 anos, foi surpreendido pelo ataque de um macaco-prego no Distrito de Pedras Brancas, em Banabuiú (CE), na última segunda-feira (21). O animal, conhecido dos moradores por buscar alimentos na região, mordeu as mãos e a perna esquerda do rapaz ao vê-lo acompanhado por outras pessoas.
Jonathas conta que estava na casa da avó quando foi avisado pelos vizinhos que o macaco-prego estava na frente do imóvel. “Eu fui olhar. No que ele me viu, foi se aproximando. Em seguida, avançou na minha perna. Eu tirei ele e depois avançou na minha mão direita e me mordeu. Depois foi o meu dedo esquerdo. O corte foi fundo”, explicou o rapaz.
De acordo com moradores de Pedras Brancas, o macaco-prego do ataque é domesticado por um morador da localidade. Algumas pessoas já chegaram a levar o animal para áreas de maior vegetação do Distrito, mas ele sempre retorna para a área residencial
Após sofrer as mordidas, o morador buscou ajuda médica no Hospital Municipal Senador Carlos Jereissati (HMSCJ), localizado em Banabuiú. Em seguida, ele foi transferido para o Hospital Regional do Sertão Central (HRSC).
Além de fazer curativos e tomar vacina antirrábica, o jovem contou que irá passar por uma cirurgia da na mão direita, pois sofreu uma ruptura no tendão.
MÉDICO VETERINÁRIO EXPLICA COMPORTAMENTO DE ANIMAL
O médico veterinário cearense Raphael William Ponte Neres (CRMV-CE 4560), especialista em residência em medicina de animais selvagens e exóticos no Hospital Veterinário Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que o macaco-prego pode ter atacado o rapaz por duas situações: territorial ou questão de saúde.
O QUE FAZER EM CASO DE MORDIDA DE ANIMAL EXÓTICO
Conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), quando houver indicação do soro antirrábico, o paciente é encaminhado para o Hospital São José. No Interior do Estado, a unidade básica de saúde deve solicitar à prefeitura, se necessário.
O soro antirrábico é indicado em caso de lesões graves causadas por animais que não podem ser monitorados (gatos ou cachorros de rua), silvestres (saguis e raposas) ou de interesse econômico (bois, porcos e cavalos); lesões leves causadas por animais silvestres e, ainda, em caso de contato indireto ou lesões leves ou graves com morcegos.
Caso o indivíduo seja agredido por algum animal, o recomendado é lavar o ferimento com bastante água e sabão e, assim como Jonathas, buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.
Via DN