Na manhã desta quinta (10) mais um incêndio foi registrado no interior do Ceará, desta vez, na zona rural de Boa Viagem, no distrito de Boqueirão, situado a 42 km da sede do município.
Uma equipe da defesa civil se deslocou até ao local, porém, os próprios moradores já haviam conseguido conter a parte mais aguda das chamas. As causas desse incêndio não foram confirmadas.
Neste mês de novembro é comum o aumento de focos e incêndios florestais por conta da vegetação seca, alta temperatura, a própria queimada controlada por parte dos agricultores na preparação dos seus roçados, queima de lixo e outros.
O monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indica centenas de focos ativos de incêndio em todo o Ceará neste mês de novembro de 2020. O problema vem sendo enfrentado há um bom tempo.
(Vídeo enviado pelo morador Andinho para o whatsapp da Asa Branca FM)
Neste cenário, o Governo do Estado decretou estado de emergência ambiental no Ceará, desde o dia 27 de julho deste ano até janeiro de 2021, com a proibição do uso do fogo em vegetação. O Estado acumula 1.317 focos ativos de calor pelo registro mais recente do Inpe.
Os maiores números começaram em julho, com 63 focos, e agosto, com 209 pontos identificados. No ano passado, com total de 4304 focos ativos, as notificações mais altas foram nos meses de outubro (1.373), novembro (1.324) e dezembro (769).
O monitoramento feito pelo Programa Queimadas, do Inpe, usa satélites que analisam imagens e, dessa forma, a relação entre foco e incêndio não é direta. “Um foco indica a existência de fogo em um elemento de resolução da imagem (píxel), que varia de 375 m x 375 m até 5 km x 4 km, dependendo do satélite”, explica o órgão.
Sistema Asa Branca de Comunicação
Foto: Andinho