O Flamengo conquistou a quinta Copa do Brasil ao vencer o Atlético-MG novamente neste domingo, por 1 a 0, na Arena MRV, em Belo Horizonte. A primeira partida, no Rio, já havia sido de vitória flamenguista, por 3 a 1. Este é o quinto título da história da equipe, que também foi campeã 1990, 2006, 2013 e 2022.
Flamengo e Atlético-MG voltam a se enfrentar pela 33ª rodada do Brasileirão na quarta-feira, às 20h, no Maracanã, no Rio.
Atrás no placar agregado, o Atlético-MG buscou dominar as ações, mas sem pressa. Por outro lado, o Flamengo se defendia bem, não dando chances para que os mineiros criassem oportunidades. Em contra-ataque, a primeira chegada próxima do gol foi de Gerson, lançado por Arrascaeta, mas parado por Everson.
O time de Milito manteve a postura tranquila para atacar o Flamengo. Isso não reduzia a intensidade do time. Hulk e Paulinho formavam uma dupla lado a lado, com Scarpa e Arana nas pontas. Zaracho, que ganhou a vaga para a decisão, flutuava como opção de passe para todos os jogadores de frente.
Já o Flamengo preferiu avançar com troca de passes em transições rápidas. Assim teve uma sequência de chegadas pelo lado direito com Wesley. Em uma delas, Arrascaeta cabeceou para fora. Depois, a bola sobrou para o garoto Evertton Araújo bater de fora da área com perigo. A exposição era o risco que o Atlético-MG assumia para conseguir lançar-se em peso ao ataque, mas nada garantia que os flamenguistas continuariam errando.
O Atlético-MG só teve as melhores chances quando finalizou de fora da área. Em duas oportunidades, Rossi espalmou e quase entregou aos adversários, mas salvou. Um terceiro erro quase resultou em gol, quando o argentino saía com a bola nos pés, mas pressionado por Paulinho, precisou dividir com o atacante para mandar para escanteio.
A pressa, antes inexistente para os mineiros, se fez presente no final do primeiro tempo. Ainda eram precisos dois gols para levar a decisão aos pênaltis, quando os times desceram aos vestiários.
Os atleticanos voltaram com pressão. Mas novamente quem chegou com mais perigo foi o Flamengo. Rossi lançou Bruno Henrique, escolha de Filipe Luís para o lugar de Gabigol na segunda etapa. O camisa 27 arrancou do meio de campo e tentou cavar na saída de Everson, mas o goleiro conseguiu desviar para escanteio.
O lance foi exceção. A tônica era a pressão atleticana. A paciência era maior do que no final do primeiro tempo. A exposição também. O time atacava com os 10 jogadores de linha no campo ofensivo. Um certo preciosismo prejudicava o time. Mesmo quando o Atlético-MG chegava na área, a equipe tentava um toque a mais antes de finalizar e assim perdeu boas chances.
A estratégia de Filipe Luís foi buscar mais contra-ataques. Bruno Henrique teve novamente uma chance cara a cara com Everson e tentou encobrir. Mais uma vez, o goleiro conseguiu defender. Ele ainda salvou mais duas chances flamenguistas criadas a partir de transições rápidas e uma terceira com um chute de Alex Sandro quase na pequena área.
As chances perdidas, aliás, continuavam a se repetir dos dois lados. Na sequência, foi na frente do gol de Rossi que a bola quicou sem que ninguém empurrasse para o gol.
A comemoração estourou uma confusão. Parte do público recorde de 44.876 pessoas da Arena MRV insistiu em jogar copos nos flamenguistas. Um homem até invadiu o campo e foi detido. O jogo ficou lastimavelmente parado.
Quando voltou, o ritmo já era outro. O Atlético-MG foi vítima da própria torcida e ficou desmobilizado. Uma bomba atirada próximo de Rossi paralisou o jogo novamente.
Everson fez mais dois milagres, enquanto os atacantes tentavam, sem sucesso, uma resposta. Melhor para o Flamengo, que é pentacampeão.