Foram presos, na manhã desta terça-feira (11), o ex-governador e candidato ao senado Beto Richa, sua esposa Fernanda Richa. A prisão do ex-governador ocorreu por conta de uma operação do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná. Segundo o Gaeco, são 15 pessoas presas preventivamente e 26 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos.
Por volta das 5h50, policiais já estavam no apartamento do casal no bairro Mossunguê, em Curitiba, onde permanecem. A ação do Gaeco faz parte de uma investigação no programa Patrulha do Campo, do governo do Paraná, entre 2012 e 2014, em que se apuram evidências de direcionamento de licitação para beneficiar empresários e pagamento de propina a agentes públicos, além de lavagem de dinheiro. Apura-se ainda o crime de obstrução de Justiça.
Além de Curitiba, a operação se desdobra em Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu, sendo as buscas realizadas em 16 residências, quatro escritórios, um escritório político, quatro empresas e na sede do DER. Os mandados foram cumpridos após determinação do juiz Fernando Fischer, da 13º Vara de Curitiba. Há ainda um mandado de prisão contra o empresário Joel Malucelli.
Além de Beto e Fernanda Richa, o ex-secretário Deonilson Roldo também foi preso na operação do Gaeco. Foram presos ainda Pepe Richa, irmão de Beto Richa e ex-secretario de Infraestrutura, Ezequias Moreira, ex-secretário de cerimonial, e Luiz Abib Antoun, parente do ex-governador, que chegou a ser condenado a 13 anos de prisão por fraudes.
“Piloto”
Simultaneamente, a casa do ex-governador foi alvo de mandados de busca e apreensão da 53ª fase da Operação Lava Jato, que investiga propinas supostamente feitas pelo setor de operações estruturadas da empreiteira Odebrecht, por conta de uma obra de duplicação da PR-323.
Além de Curitiba, a PF cumpre 36 ordens judiciais em Salvador, São Paulo, Lupianópolis (PR) e Colombo (PR).
O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no Estado Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.
O nome da operação foi dado em referência ao apelido de Richa na planilha da empreiteira.
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FONTE: Tribunapr