A substituição do nome de batismo pelo nome pontifício após a escolha de um novo papa se tornou um costume milenar ligado diretamente à história da Igreja Católica. Segundo informações do próprio Vaticano, a tradição remonta as origens do cristianismo, quando Jesus mudou o nome do apóstolo Simão para Pedro, que se tornaria o primeiro papa do mundo.
A decisão é pessoal, aponta a entidade, tomada diretamente pelo próprio sucessor de Pedro. Após o final da votação e antes de trajar pela primeira vez as vestes papais, o eleito é questionado se aceita a vocação canônica para Sumo Pontífice e como deseja ser chamado.
NOMES MAIS ESCOLHIDOS ENTRE PAPAS
Entre os nomes mais utilizados escolhidos pelos Pontífices até hoje estão os de Pio, Gregório, João, Bento, Inocêncio, Leão e Clemente. Até hoje, no entanto, nenhum escolheu Pedro, o primeiro pontífice, nem José, Tiago, André e Lucas.
Em um encontro realizado em 16 de março de 2013, Francisco chegou a explicar o que motivou a escolha do nome como papa. “Surgiu o nome no meu coração: Francisco de Assis. Para mim, é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação”, disse ele.
Além disso, a escolha pode ser motivada por questões emocionais. João XXIII explicou que, no caso dele, a escolha estava baseada no fato de que esse é o “nome do nosso pai” e, além disso, também é o nome solene de inúmeras catedrais e humildes paróquias.
Ainda conforme o Vaticano, o “nome do novo Pontífice, unido ao seu magistério, será uma bússola que guiará o caminho do povo de Deus neste momento complexo da história”.