Entenda por que chefes de facção cearense, presos no mesmo dia, haviam travado guerra em Maracanaú


Conflito dentro de um grupo criminoso impulsionou o número de homicídios no Município. Os dois suspeitos moravam em imóveis de alto padrão, no Estado do Rio Grande do Norte

Francisco Lucas da Silva Pereira, o ‘Chico da Barra’, de 42 anos, e Jonathan Bertoldo de Melo, o ‘Magão’, 27, chefes de uma facção criminosa cearense presos pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na última sexta-feira (10), haviam “rachado” e travado uma guerra interna, que impulsionou o número de homicídios em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

“O ‘Chico da Barra’ estava escondido justamente por causa desse racha dentro da facção criminosa. Ele começou a ter divergências com o ‘Magão’ e, por conta disso, houve essa instabilidade e o aumento do número de CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais – homicídios em geral) em Maracanaú”, afirma Huggo Leonardo.

O delegado do Núcleo de Homicídios, da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, Alan Pereira, acrescenta que “devido a guerra na própria facção, o ‘Magão’ acabou sendo ameaçado de morte também. E ele tava lá comandando o grupo remotamente, porque era mais seguro para ele, para os rivais não terem acesso a ele, nem a Polícia”.

 

Arma e munições em cima de uma cama
Legenda: Com o suspeito, foi encontrada uma pistola, munições, celulares, uma quantia em dinheiro e um carro blindado.
Foto: Divulgação/SSPDS

 

Sobre a motivação do “racha”, o delegado Huggo Leonardo explica que “essa organização criminosa tinha a característica de não monopolizar as fontes de recebimento de drogas. Eles tinham a liberdade de comprar droga de qualquer fornecedor que as lideranças locais quisessem”.

O Francisco Lucas começou a monopolizar o envio dessa droga e exigir que as lideranças menores só comprassem droga dele. E ele cobrava o preço que achava que deveria ser cobrado. As lideranças locais começaram a se insurgir, quando começou o atrito e a dissidência. Inclusive, várias lideranças decretaram a morte do Francisco Lucas, mesmo ele sendo o número 1. Ao mesmo tempo em que ele decretou a morte de várias lideranças locais.”

HUGGO LEONARDO
Delegado da Polícia Civil do Ceará

 

‘Chico da Barra’, que cumpria medidas cautelares determinadas pela Justiça Estadual antes de voltar a ser preso, pediu ao juiz para viajar por 50 dias para pescar em alto mar, já que ele se definia como pescador. Mas a Polícia Civil suspeita que ele viajaria para fronteira do Brasil com algum país sul-americano, para importar droga.

Via: DN

Sistema Asa Branca de Comunicação.


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