Em Portugal, há pouca oferta de casas e apartamentos para venda e aluguel, e o preço dos que estão disponíveis no mercado imobiliário está cada vez mais alto. O impacto na vida das pessoas é enorme.
Há casos de jovens que trabalham, mas não têm capacidade financeira para pagar o aluguel e continuam na casa dos pais. Há lisboetas que foram viver longe da capital portuguesa buscando um aluguel acessível, enquanto muitos imigrantes, inclusive brasileiros, estão procurando alternativas em cidades pequenas e longe dos principais centros urbanos.
Foi o que fez o cearense Felipe Barbosa, que mora em Portugal há quase quatro anos. Dono de uma pequena empresa prestadora de serviços na área da construção civil, ele se viu aflito quando decidiu trocar o aluguel de uma pequena casa pelo de um apartamento no distrito de Lisboa, onde já morava. Ele tentou, mas não encontrou nada que coubesse no orçamento.
Em fevereiro, o governo português lançou um pacote de medidas para responder à crise da habitação.
“É uma medida temporária que vigorará pelos próximos cinco anos, período que consideramos desejável para que a oferta pública de habitação e o conjunto de outras medidas de apoio ao arrendamento acessível permitam normalizar o mercado do arrendamento, de forma que existam habitações para arrendar em condições acessíveis”, frisou o primeiro-ministro de Portugal, António Costa.
Quem tiver financiamento imobiliário e se enquadrar no mesmo perfil – rendimento de até cerca de 1.100 euros brutos e gasto com aluguel que ultrapasse 35% do seu salário – vai receber uma ajuda mensal de 60 euros (cerca de R$ 340) para pagar as parcelas. Além disso, os bancos vão ser obrigados a ter uma taxa fixa para o crédito à habitação.
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