Chegou o dia: os americanos escolhem entre Kamala e Trump


Depois de uma longa e dura campanha eleitoral, chegou o “Election Day”, o dia da eleição americana. Eles chamam assim o dia principal de votação, que sempre é realizado na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro.

As últimas três eleições tiveram, em média, um comparecimento de cerca de 140 milhões de eleitores. Como já tivemos 80 milhões de eleitores votando antecipadamente pelos correios ou presencialmente, podemos ter novamente um recorde na participação eleitoral americana.

A principal escolha dos estadunidenses é em relação a quem vai comandar o país nos próximos quatro anos. De um lado, a democrata Kamala Harris, que representa a continuidade das atuais políticas, embora ela mesma defenda algumas mudanças. Kamala defende, por exemplo, mais acesso à casa própria, já que ficou muito caro e difícil para os mais pobres comprarem um imóvel por aqui.

Do outro lado, temos o ex-presidente Donald Trump, que tenta chegar ao segundo mandato. Trump defende um corte maior dos impostos, aumento de tarifas de produtos importados e afirma que vai implementar um plano de deportação em massa. Na campanha, o candidato explorou muito as principais fraquezas do atual governo: inflação em alta, violência crescente e um grande número de imigrantes ilegais acessando o país pela fronteira sul com o México.

Os institutos de pesquisa indicam uma disputa acirrada, com um leve favoritismo para Trump.

Para quem aguarda ansioso o resultado, as eleições americanas são acompanhadas pelo mundo todo, mas será preciso esperar. Cada estado tem um processo eleitoral diferente.

A Geórgia, por exemplo, terá votação até às 19 horas (21h Brasília). O estado já começou a contagem dos votos enviados pelos correios, que serão divulgados no início da noite, com os votos do dia da eleição somados depois. Quase todos os votos do estado devem ser contabilizados na noite da eleição.

A Pensilvânia, o estado que deve ser o mais decisivo de todos, tem votação até às 20h (22h no Brasil). O estado ainda não começou a processar os votos pelos correios, pois, pela lei da Pensilvânia, isso só pode ocorrer após o fim da votação. O resultado pode demorar vários dias até que todos os votos pelo correio sejam contabilizados. Milhões de democratas votaram na Pensilvânia pelos correios. O estado dá direito a 19 importantes votos no Colégio Eleitoral.

No Michigan, a expectativa é de que todos os votos estejam contabilizados até às 12h (14h no Brasil) de quarta-feira. No estado, estão em jogo 15 votos no Colégio Eleitoral.

O Arizona é outro estado que demora para fechar a apuração. A contabilização de votos pelo correio que chegam perto do dia ou no dia da votação pode continuar por vários dias.

Em Wisconsin, a apuração deve ser praticamente concluída na noite e madrugada de terça para quarta-feira.

Em Nevada, as urnas só fecham às 22h (0h no Brasil). O estado já começou o processamento dos votos pelo correio, mas nenhum resultado é divulgado até o fim da votação. Pode haver espera pelos primeiros resultados. O estado continuará contando os votos por vários dias. Se a diferença estiver muito apertada, o resultado final também pode demorar.

Além da espera, o americano tem que lidar com um país dividido. As autoridades temem protestos violentos após a divulgação dos resultados. Em Washington, capital do país e onde estará Kamala Harris, e na Flórida, onde Donald Trump vai acompanhar a apuração, a segurança foi reforçada.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

 

 

 

Via R7


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