Candidato ultraliberal da Argentina culpa ‘esquerda’ por assassinato no Equador


O economista ultraliberal Javier Milei, pré-candidato à presidência da Argentina pela A Liberdade Avança, responsabilizou neste domingo (13) a “esquerda” pelo recente assassinato do presidenciável equatoriano Fernando Villavicencio, que, segundo ele, era seu “seguidor”.

Assassinaram um candidato que era meu seguidor. Isto é a esquerda. Esta é a tolerância da esquerda. Quando não pensam como eles, que se gabam de ser tolerantes, assassinam aqueles que pensam de forma diferente”, declarou Milei.

Villavicencio, que foi assassinado na quarta-feira (16) por um grupo de sicários, era candidato pelo movimento político Construye e havia relatado ameaças de morte depois de dedicar sua vida a denunciar a corrupção e se tornar um inimigo ferrenho do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017), com base em suas investigações jornalísticas.

As posições de Javier Milei

Milei fez estas declarações à imprensa quando chegou à sede de uma universidade em Buenos Aires para votar nas eleições primárias, que se realizam neste domingo na Argentina.

O economista se posicionou como uma terceira opção em um cenário polarizado pela governista frente peronista União pela Pátria e pela coalizão opositora de centro-direita Juntos pela Mudança.

“O sistema se modifica através do voto. Se não gostam da forma como as coisas estão, vão votar”, disse Milei, que foi recebido com aplausos e cânticos quando chegou ao centro de votação.

O candidato libertário disse ser um “resultadista”, como o ex-técnico da seleção argentina de futebol Carlos Salvador Bilardo, campeão do mundo em 1986.

“Agora temos de esperar pelos resultados. Eu sou um bilardista”, disse ele.

Primárias na Argentina

Sobre os atrasos na votação em Buenos Aires para os cargos locais com sistema de voto eletrônico, Milei disse que são um “sinal” de que o prefeito da capital, Horacio Rodríguez Larreta, “é ineficiente”.

Rodríguez Larreta, um dos pré-candidatos presidenciais da Juntos pela Mudança, optou pelo voto eletrônico para as eleições primárias da cidade para os cargos locais.

O sistema está sendo implementado simultaneamente com as eleições primárias nacionais, que utilizam cédulas de papel, motivo pelo qual os cidadãos da capital têm de votar duas vezes neste domingo, atrasando o processo.

 

 

 

 

Via R7

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