Ao longo deste ano, o Brasil registrou mais de 200 mil casos prováveis de chikungunya. A doença é uma virose transmitida pela picada de fêmeas do mosquito Aedes aegypti. A infecção pelo vírus pode causar edema e dor articular incapacitante. Os sintomas mais comuns são febre, dores nos músculos e nas costas e manchas vermelhas pelo corpo.
Até agora, foram registradas cerca de 160 mortes confirmadas por chikungunya e mais de 150 casos estão em investigação. Devido a esse cenário, a doença começa a adquirir importância e expressão nacional.
A avaliação foi feita, nesta quinta-feira (29), pelo secretário adjunto de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.
Ao comentar o atual cenário das doenças virais no país, ele informou que o Brasil está em baixa transmissibilidade do vírus e o quadro deve perdurar até novembro.
De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres foram as mais afetadas pela infecção. Em relação à raça, os pardos respondem por mais da metade dos casos, seguidos por brancos, pretos, amarelos e indígenas. As faixas etárias mais afetadas pela doença são os grupos de 20 a 29 anos; de 40 a 49 anos; de 30 a 39 anos; e de 50 a 59 anos, respectivamente.
As unidades federativas com mais casos de chikungunya são: Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Espírito Santo e São Paulo.
E as com menos infecções pela doença são: Roraima, Amazonas, Rondônia, Acre e Amapá.
Rivaldo apresentou ainda o Plano de Ação para Redução dos Impactos da Dengue e outras Arboviroses. O objetivo da ação é reduzir os casos prováveis e o número de óbitos por dengue, chikungunya, zika e febre Oropouche para o próximo período sazonal, que vai do fim deste ano até o início de 2025.
O envolvimento da população no combate a esses vírus é de extrema importância e um dos principais pilares do plano de ação, como explica Rivaldo Venâncio.
No total, seis eixos gerais compõem o plano, sendo eles: prevenção; vigilância; controle; organização dos serviços de saúde; preparação e resposta às emergências; e comunicação social de risco e participação comunitária.