Brasil e Itália, donos de cinco e quatro títulos mundiais no futebol masculino, mas nenhum no feminino, enfrentam-se hoje em Valenciennes, na Copa do Mundo da França, com diferentes objetivos: as brasileiras querem garantir uma vaga nas oitavas de final, enquanto as italianas buscam selar o 1º lugar do Grupo C.
Na mesma hora, Jamaica, que não pontuou, e Austrália, que tem três pontos como o Brasil, duelam em Grenoble.
Surpresa do grupo, a Itália precisa apenas de um empate para garantir a vaga nas oitavas como 1ª colocada da chave. Para as brasileiras, a matemática é mais complicada: podem se classificar na 1ª, 2ª ou 3ª posição, mas também podem ser eliminadas.
Até os acréscimos do 1º tempo contra a Austrália, na última quinta-feira, o Brasil caminhava nas nuvens. Estreou com uma vitória por 3 a 0 sobre a Jamaica e vencia por 2 a 0 as australianas, teoricamente suas grandes rivais na disputa pela 1ª colocação do grupo.
A Austrália, porém, não se deu por satisfeita e pressionou até conseguir virar a partida, vencendo por 3 a 2. O Brasil ficou em situação delicada.
As saídas de Formiga, líder no meio-campo, e Marta, estrela da Seleção, mas que está longe de seu físico ideal, no intervalo, podem ter desestabilizado a equipe e deram força para as adversárias.
O técnico Vadão justificou as saídas das duas veteranas afirmando que Marta estava cansada, após várias semanas afastada dos campos devido a uma lesão muscular, enquanto Formiga precisou ser substituída após sofrer um golpe no pé esquerdo. Contra a Itália, ela cumprirá suspensão automática após 2º amarelo.
Marta, que contra a Austrália elevou seu recorde de gols em Copas para 16, foi confirmada como titular por Vadão.
Adversárias
A Itália, até então de nenhum renome no futebol feminino, surpreendeu ao vencer a Austrália, candidata ao título. Em seguida, confirmou o bom momento contra a Jamaica. “Chegar ao 3º jogo já classificadas e estar na 1ª posição é incrível. Antes da Copa, falávamos do sonho de passar da fase de grupos”, admitiu a jogadora italiana Girelli.
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FONTE: Diário do Nordeste
