O acesso à energia elétrica é um bem praticamente essencial para diversas atividades do cotidiano, incluindo uso de eletrodomésticos e momentos de lazer. Porém, 14 mil domicílios no Ceará ainda não dispõem desse recurso.
Em dados percentuais, o Ceará tem 99,6% dos domicílios das áreas urbanas com energia elétrica, enquanto as áreas rurais têm 99,5%. Para o IBGE, isso significa “elevada cobertura de energia elétrica”.
Conforme a pesquisa, o Ceará contabilizou 3,265 milhões de domicílios no ano passado. Desse total, 3,243 milhões (99,3%) estavam ligados à rede geral de energia elétrica e mais 8 mil tinham alguma fonte alternativa (podendo incluir geradores, painéis solares, eólica ou soluções locais).
Assim, por exclusão, 14 mil residências ficaram de fora da cobertura – 10 mil em áreas urbanas, e 4 mil em zonas rurais. O Instituto não informou onde ficam essas localidades porque só detalha Estados e capitais.
No caso de Fortaleza, dos 950 mil domicílios, 949 mil tinham acesso à eletricidade (2 mil deles com fontes alternativas). Ou seja, 1 mil não tinham o recurso.
Para o IBGE, serviços como a eletricidade “são de extrema importância para a melhoria das condições de vida e saúde da população”.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu, na Agenda 2030, o acesso universal à energia como uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A meta é assegurar o acesso “confiável, sustentável, moderno e a preço acessível” a todas e todos.
Dos 3,243 milhões de domicílios que estavam ligados à rede geral, 3,146 milhões tinham fornecimento sem interrupções. Ou seja, 97 mil apresentaram algum problema nesse quesito, sendo 72 mil na zona urbana e 25 mil na zona rural.
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Em 2024, o acesso à energia elétrica nos domicílios atingiu a cobertura de 99,8% das unidades dispondo desse serviço, seja fornecida pela rede geral, seja por fonte alternativa. Foi o mesmo valor aferido pela pesquisa em 2023.
O grande percentual de acesso ocorreu em todas as Grandes Regiões, com as estimativas variando de 99,4%, na Região Norte, chegando a 99,7% dos domicílios, na Região Nordeste, e, por fim, alcançando 99,9% nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
No entanto, nos domicílios rurais, o percentual dos que dispunham de energia elétrica proveniente de rede geral era mais baixo (97,4%), sobretudo na Região Norte (85,2%). Os índices são levemente acima dos anotados em 2023, com 97% e 82,4%, respectivamente.