A Petrobras informou nesta segunda-feira (27) a rescisão do contrato para venda da refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor), que fica em Fortaleza. De acordo com a estatal, o motivo é a ausência de cumprimento de “condições precendentes” que constam no contrato de compra e venda e que deveriam ter sido cumpridas até o último dia 25.
Em junho deste ano, a venda da Lubnor foi aprovada por unanimidade pelo Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a Grepar Participações em uma operação de US$ 34 milhões, conforme o contrato assinado em maio de 2022.
Contrário à venda da Lubnor sob a justificativa de que a operação poderia criar um monopólio privado na produção de asfalto no Nordeste, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Petróleo (Sindipetro) comemorou a rescisão.
“Em nome do Sindipetro Ceará, queremos agradecer a toda a sociedade civil, movimentos sociais, parlamentares e demais apoiadores que lutaram contra esse processo de privatização e principalmente dar os parabéns à valoroza categoria petroleira que chegou a realizar uma greve contra essa venda”, disse o presidente do Sindipetro CE/PI, Fernandes Neto.
A reportagem procurou a Grepar para um posicionamento sobre o comunicado, mas a empresa disse que só o fará nesta segunda-feira à tarde.
Investimento
Além do valor da venda, estava previsto um investimento de US$ 41,9 milhões para a recuperação da capacidade de estoques, contas a receber, petróleo e ressarcimento dos investimentos feitos pela Petrobras nos últimos dois anos, totalizando US$ 75,9 milhões.
A Lubnor possui capacidade de processamento autorizada de 8,2 mil barris/dia e é uma das líderes nacionais em produção de asfalto. É a única unidade de refino no País a produzir lubrificantes naftênicos.