Países do G7 anunciam novas e pesadas sanções contra ‘máquina de guerra’ russa


Novas sanções de Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE) contra a “máquina de guerra” russa foram anunciadas, nesta sexta-feira (19), como parte de um aumento da pressão sobre Moscou pelo G7, informaram fontes oficiais poucas horas antes do início de uma reunião do grupo na cidade de Hiroshima, no Japão.

Todos os Estados que integram o G7 preparam novas medidas, e os Estados Unidos contribuem com um pacote de sanções que “tornarão ainda mais difícil para a Rússia alimentar sua máquina de guerra”, afirmou um alto funcionário da Casa Branca.

Concretamente, os Estados Unidos vão proibir as exportações americanas para 70 entidades na Rússia e em outros países. Também vão aplicar 300 sanções contra diversos alvos, “indivíduos, organizações, embarcações e aeronaves”, na Europa, na Ásia e no Oriente Médio.

Por sua vez, o premiê britânico, Rishi Sunak, anunciou que o G7 aplicará sanções contra o setor de mineração russo — com proibições à importação de alumínio, diamantes, cobre e níquel.

“Como mostram as sanções anunciadas hoje [sexta-feira], o G7 continua unido diante da ameaça da Rússia e firme em nosso apoio à Ucrânia”, declarou Sunak em Hiroshima.

Pouco depois, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a UE também vai impor restrições ao comércio de diamantes russos, que é avaliado de 4 bilhões a 5 bilhões de dólares anuais (entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões) e é uma importante fonte de receita para o Kremlin.

Os países ocidentais adotaram uma série de sanções sem precedentes contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, com o objetivo de afetar economicamente aquele país, ao reduzir a receita gerada pelo petróleo e desorganizar sua indústria de defesa. Sua preocupação, agora, é impedir que a Rússia consiga driblar as sanções, e as medidas americanas mais recentes também têm como objetivo diminuir o risco de que isso ocorra.

Os Estados Unidos buscam “pressionar o setor financeiro russo e a capacidade russa de produção de energia em médio e longo prazos”, ressaltou a fonte da Casa Branca. Trata-se, também, de “manter o congelamento dos ativos soberanos” russos.

CHEGADA DOS LÍDERES
Os líderes do G7 começaram a desembarcar no Japão nesta quinta-feira (18) para a reunião de cúpula em Hiroshima, que pretende debater sanções mais severas contra a Rússia e avaliar medidas de proteção diante da “coerção econômica” da China.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, recebe os chefes de governo das outras seis economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido) em Hiroshima, cidade-símbolo da destruição nuclear. O presidente Lula, convidado ao evento pelo Japão, chegou a Hiroshima na madrugada de sexta-feira (tarde de quinta-feira em Brasília).

Na reunião de cúpula desta sexta-feira, os líderes tentarão estabelecer uma frente unida diante da Rússia e China. Também vão discutir outras questões urgentes, mas que não geram consenso no grupo.

A reunião contará com a presença de representantes da União Europeia (UE). Além de Lula, o Japão convidou os governantes de Índia e Indonésia, entre outros países, para tentar uma aproximação do G7 com as nações em desenvolvimento nas quais a China faz grandes investimentos.

 

 

 

Via Portal R7

 

 


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